Vert Shoes: um guia completo

Vert: um guia completo

A Vert, conhecida fora do Brasil como Veja, é uma marca francesa, fundada em 2004, com o objetivo de produzir tênis com materiais orgânicos e inovadores, buscando o menor impacto possível ao meio ambiente, além de valorizar o trabalho de cada pessoa na cadeia produtiva. Quer conhecer mais sobre essa marca que vem conquistando cada vez mais o público ao redor do mundo? Vem com a gente!

Vert, uma jornada

A história do Vert é marcada pela união do sonho de desconstruir e construir um produto simbólico e que marca a nossa geração, desde os anos 1980 até a década atual: o tênis. Além disso, compartilha também o ideal de produzir um sneaker que seja ético e respeitoso em todas as suas etapas, desde a extração e colheita de matéria-prima, até a sua produção final. Porém, antes de trilharmos o caminho e nos aprofundarmos nos detalhes da trajetória da marca, é preciso acentuar que, mundialmente, a marca leva o nome de VEJA, mas no Brasil, um conjunto de fatores influenciou para que não fosse possível o uso deste nome. A solução encontrada foi utilizar o nome VERT, que significa “verde” em francês. Portanto, daqui pra frente, iremos utilizar apenas “Vert” para nos referirmos à marca.

Tudo começa em 2003, quando Sébastien Kopp e François-Ghislain realizavam um trabalho de auditoria social em uma fábrica chinesa, à serviço de uma marca de moda francesa. Ao observar as condições em que viviam os operários da fábrica, o choque de realidade provocou uma desilusão quanto à globalização - um processo histórico que se expandia sem limites.

Após a experiência na fábrica chinesa, Sébastien e François-Ghislain realizaram o mesmo tipo de trabalho, porém, dessa vez, para a empresa de Tristam Lecomte, a Alter Eco, a primeira marca francesa de comércio justo. A experiência ao lado de Lecomte, que trabalhava diretamente com agricultores e produtores de cooperativas de todo o mundo, foi reveladora.

Ao retornar para Paris, os dois amigos franceses decidiram colocar toda essa experiência teórica, técnica e de campo adquirida nos anos anteriores, em prática: reinventar um produto que marca a geração de nossa época, o tênis. No entanto, não se tratava de criar mais uma marca de tênis no mercado, mas sim, uma marca que levaria em consideração uma relação ética e economicamente justa com a produção, matérias-primas e os trabalhadores envolvidos neste processo. O objetivo era criar um sneaker diferente, bem produzido, durável e que respeite o meio ambiente e o comércio justo.

Com esse objetivo em mente, Sébastien Kopp e François-Ghislain visitam o Brasil - país que oferece toda a matéria-prima necessária para a produção deste sneaker ideal. Cada região, neste momento, irá compor uma etapa da produção da Vert. Isto é, na Amazônia, através dos seringueiros, o grupo irá obter a borracha nativa, que representa 40% de todas as solas utilizadas nos tênis. No Nordeste, cooperativas de produtores de algodão orgânico, sem fertilizantes e sem pesticidas, irão fornecer este material também fundamental para a produção dos tênis. Desta região para o Sul do país, mais precisamente em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), o grupo visitou uma fábrica de tênis na qual os trabalhadores possuíam direitos trabalhistas e a maior parte destes eram sindicalizados, um fator determinante para que Sébastien e François decidirem abrir a fábrica da Vert naquela região. A quarta etapa da marca acontece em Bonneuil-sur-Marne, na França, onde eles se encontram com uma organização de reintegração social que veio a se tornar a provedora de logística. Ou seja, responsável por receber os contêineres, armazenar os tênis e distribuí-los por todo o mundo.

A empreitada não seria fácil, e isso Sébastien Kopp e François-Ghislain já sabiam. Mas com a experiência adquirida nos anos de auditoria e a determinação para seguir seus sonhos de criar um produto tão importante e justo, a Vert aconteceu. Em 2005, a marca vendeu seus primeiros tênis e foi um verdadeiro sucesso.

De lá para cá, o estúdio de design da marca, localizado em Paris, desenvolveu diversos modelos com diferentes tipos de materiais super inovadores, e que sempre trazem consigo a ética de um produção justa. Vários destes modelos você pode encontrar aqui na LV41. Mas antes, bora conhecer um pouco sobre cada um e seus materiais?

Matérias-primas: os 3 pilares da Vert

São três as matérias primas que constituem os pilares da produção da Vert: o couro, a borracha e o algodão. Além disso, materiais inovadores desenvolvidos pela marca em colaboração com outras entidades também fazem parte do conjunto de materiais utilizados na produção dos tênis. Vamos saber um pouco mais sobre como funciona o processo de cada um? Segue os tópicos!

Couro

Como a proposta da Vert sempre foi, desde suas origens, a transparência, o comércio justo e o conhecimento direto sobre a origem da matéria prima de seus produtos, o couro, um dos principais materiais utilizados nos tênis Vert, a marca reforça seu compromisso com a rastreabilidade e a transparência química a fim de saber de onde a matéria vem e o que há nela.

O couro é obtido em fazendas do Uruguai, onde a cultura pecuária e a qualidade do couro são referência no assunto. De lá, o couro vem para o Brasil para o processo de curtimento, processo que prescinde de produtos químicos danosos e proibidos. No entanto, a marca utiliza corantes convencionais do mercado e que atendem às convenções e regulamentações. E para contornar este limite, é dada uma atenção especial ao uso da água no processo de curtimento do material.

Além disso, todos os curtumes que fornecem couro para a Vert, seja o couro ChromeFree, camurça e nobuck, possuem certificação do nível “Gold” pelo Leather Working Group - um grupo independente de curtumes e fabricantes.

Borracha

A borracha nativa da Amazônia é uma peça fundamental para a Vert. Utilizada de 20 a 40% nas solas dos tênis, a borracha amazônica é obtida diretamente através de cooperativas formadas por famílias de seringueiros. De acordo com fontes da própria marca, há uma estimativa que nos diz que mais de 1953 toneladas de borracha da Amazônia foram compradas entre 2007 e 2021 sobre um valor quatro vezes maior do que o preço de mercado.A Vert não apenas compra a borracha dos seringueiros da região da floresta amazônica, mas também busca fomentar o desenvolvimento e a melhora nas condições de vida e de trabalho dos seringueiros, além da proteção da floresta.

Algodão

Com origem no nordeste brasileiro e na região de Chincha, Peru, o algodão orgânico utilizado pela Vert é cultivado por associações de agricultores e colhidos com total respeito ao meio ambiente. A Vert obtém esta matéria prima sempre respeitando os princípios do comércio justo, com mais de 1.052 toneladas compradas entre 2004 e 2021, segundo fontes da marca. O algodão é o tecido usado nos cadarços e cabedais de lona em muitos modelos Vert e é produzido sem o uso de químicos danosos ao meio ambiente. E geralmente é cultivado com milho, gergelim, arroz, abóbora e outras culturas, cada qual, proporciona variados insumos naturais para o solo, tornando-o mais rico. Além disso, de acordo com a Vert, o algodão orgânico utilizado pela marca possui certificados que comprovem sua organicidade. O algodão orgânico colhido no Peru possui certificados de acordo com os padrões europeus e norte-americanos, enquanto o algodão brasileiro, faz parte do sistema participativo de garantia, isto é, um método aprovado pelo governo no qual pequenos produtores certificam-se.

Materiais Inovadores

B-Mesh

Leve, transpirável e impermeável, o B-Mesh é um tecido inovador criado pela Vert a partir de poliéster 100% reciclado, derivado de garrafas plásticas que passam por um processo de trituração, que as transformam em flocos e depois são transformadas em fibras em uma fábrica brasileira, localizada em Santo André, região conhecida como ABC Paulista - grande polo industrial do país.

Alveomesh

O Alveomesh, assim como o B-Mesh, também é um tecido feito a partir de garrafas plásticas recicladas, trazendo respirabilidade, flexibilidade e leveza. Contudo, o Alveomesh possui uma construção de tecido e uma estrutura de trama ligeiramente diferente do primeiro. Ambos, porém, são materiais inovadores que visam diminuir os impactos de sua produção sobre o meio ambiente.

Hexamesh

O Hexamesh, por sua vez, é outro material inovador que leva em sua composição 70% de algodão orgânico e 30% de poliéster reciclado. Trata-se de um tecido produzido a partir de uma combinação de malha de dois fios em camadas. Sua base é resistente e feita a partir de poliéster reciclado, enquanto sua camada superior de tricô, em padrão hexagonal, é feita de algodão orgânico.

J-Mesh

A partir de uma mistura de juta, algodão reciclado e garrafas PET recicladas, obtemos o J-Mesh, um material resistente e com propriedades termorreguladoras.

C.W.L

Uma das inovações mais interessantes da Vert é o C.W.L, um material alternativo ao couro. Foram precisos muitos anos de estudos e desenvolvimento para obter este material: 100% vegano e de origem biológica. Sua produção é feita de tecido de algodão coberto por um revestimento à base de milho e com 54% de base biológica.

Modelos

Campo

O Vert Campo é um dos modelos mais clássicos da marca e leva esse nome em homenagem à cidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, local onde fica a sede da marca, e que também representa os Pampas - bioma da região sul do Brasil!

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Fonte: Instagram LV41

Esplar

O Esplar, com sua silhueta casual e menos robusta, leva este nome em homenagem a uma ONG sem fins lucrativos fundada na década de 70 em Fortaleza, Ceará. A ONG Esplar (Escritório de Planejamento e Assessoria Rural) é responsável por fornecer auxílio técnico aos produtores de algodão orgânico da região na adoção da agroecologia e na proteção de suas colheitas. O modelo, assim como os demais, possui materiais inovadores e com o mínimo de impacto sobre o meio ambiente.

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Fonte: Instagram LV41

Nova

O modelo Nova possui um visual clean e casual, com variações em cano baixo e cano alto, e possui uma confecção 100% vegana. Além do seu visual minimalista, o Nova possui um solado vulcanizado tratorizado, diferente de outros modelos, proporcionando mais tração e aderência.

V-10

O Vert V-10 foi criado para celebrar o décimo aniversário do projeto Vert. O modelo possui uma identidade própria, que são os pequenos furos na parte da frente e possui diferentes variações em sua produção, entre couro ChromeFree, B-Mesh, Suede ou até mesmo o inovador C.W.L.

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Fonte: Instagram LV41

V-12

Assim como o antecessor V-10, o modelo V-12 foi feito para celebrar os doze anos da marca. Há, inclusive, muitas semelhanças visuais entre os dois modelos. A diferença está em alguns detalhes da silhueta, como a ausência dos furos na biqueira (característica do V-10) e por ser uma silhueta levemente mais estreita que o anterior.

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Fonte: Instagram LV41

V-15

O V-15, assim como seus antecessores da linha, foi lançado para comemorar os quinze anos da marca. Contudo, diferentemente do V-10 e V-12, o V-15 traz uma silhueta inspirada nos tênis de basquete da década de 70 e 80, com um design mais robusto, cano alto e um colarinho acolchoado para muito conforto.

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Fonte: Instagram LV41

Recife

Modelos sem cadarço? A Vert tem também! O Recife é um tênis super prático e recebe este nome em homenagem a cidade de Recife, capital do estado de Pernambuco. Seu grande diferencial é ser um tênis de velcro, sem cadarços, tornando-o super versátil e sofisticado.

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Fonte: Instagram LV41

Venturi

O Venturi, por sua vez, é um modelo que traz inspiração esportiva e um design mais contemporâneo. Trata-se de um tênis que combina estilo, versatilidade e conforto na medida certa.

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Fonte: Instagram LV41

Dekkan

Desenvolvido para atividades ao ar livre e viagens, o Vert Dekkan nasce da colaboração entre a Vert e a marca italiana de solados de alto desempenho Vibram. A combinação de materiais ecológicos como o tecido Alveomesh (produzido a partir de poliéster reciclado), borracha da amazônia, resíduos de arroz e a tecnologia Vibram, além de sua silhueta, compõem um tênis versátil tanto para o dia a dia, quanto para caminhadas e atividades ao ar livre.

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Fonte: Instagram LV41

Rio Branco

Ainda na linha dos tênis com uma pegada mais esportiva, o modelo Rio Branco possui um visual minimalista mas não menos rico de detalhes como os demais, além de ser leve e confortável tanto para o dia a dia, quanto para atividades ao ar livre. O tênis recebe esse nome em homenagem a cidade de Rio Branco no Acre.

Impala

O primeiro modelo para treino da Vert, o Impala, é o tênis mais leve já criado pela marca e leva este nome inspirado no antílope, um animal rápido. Um tênis confortável e estável, o Impala foi feito para diversos tipos de exercícios como treinos de ginástica, corridas em esteira, bootcamp e sessões de treinos funcionais. O tênis leva em sua composição uma malha projetada em 100% poliéster reciclado e traz consigo a tecnologia** L-Foam**: um inserto de amortecimento feito com 30% de látex natural.

Minotaur

O Vert Minotaur é um modelo inspirado no modelo Campo, um dos mais tradicionais da marca, porém, seu design em cano alto é super influenciado pela cultura vintage do skateboard, com um amortecimento super macio ao redor do tornozelo para proporcionar mais conforto aos pés. O Vert Minotaur aparece tanto na versão em couro ChromeFree, quanto em couro camurça.

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Fonte: Instagram LV41

Quem Usa Vert?

A Vert, com seu diferencial de propor a criação de um tênis com a máxima atenção e transparência para cada etapa do processo, conquistou o mundo todo nesses quase 20 anos de história. Seu estilo clássico e minimalista está sendo super adotado também por diversas personalidades famosas e celebridades ao redor do mundo. Confira abaixo algumas personalidades com o seu clássico Vert (no exterior conhecido como Veja) no pé.

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Reese Witherspoon

Fonte: Pinterest

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Katie Holmes

Fonte: Pinterest

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Kate Middleton

Fonte: Pinterest![vert-look-vestido-chloe-grace-moretz-2020090900412.jpeg]

(https://painel.lojavirus.com.br/uploads/vert_look_vestido_chloe_grace_moretz_2020090900412_49f5d9a9bd.jpeg)

Chloe Grace Moretz

Steal The Look

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Jimin (BTS)

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